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A história se repete: como bispo que insistiu em missas virou símbolo de alta de mortes na gripe espanhola
06/04/2021 16:14 em Novidades

Imagine um mundo assolado por uma pandemia altamente transmissível. A orientação básica é para que as pessoas não se aglomerem, fiquem em casa na medida do possível e evitem ao máximo qualquer evento público. Em uma determinada localidade, contudo, um bispo insiste: contra o mal, é hora de reforçar as preces. Não em casa, mas nas igrejas. Com novenas, procissões e toda a sorte de devoções.

 

Para alguns não passa de infeliz coincidência, mas naquele ano a mortalidade por conta da doença nessa localidade foi mais de 14 vezes maior que em outra cidade que seguiu as determinações sanitárias, no mesmo país. Esta história, que lembra discussões do Brasil contemporâneo, aconteceu há mais de 100 anos.

 

Era a famigerada gripe espanhola de 1918. Madri, a capital da Espanha, tinha uma população de 600 mil pessoas — 2,5 mil delas morreram pela doença, ou seja, 0,4%. Zamora, capital da província homônima onde o bispo manteve intensa programação religiosa, perdeu 979 de seus 17.183 habitantes — o equivalente a 5,7% da população, um índice um pouco superior aos 5% do restante da diocese, que teve 12.371 mortes em um universo de 247.341 habitantes.

 

Foi um verdadeiro colapso. Enquanto missas continuavam sendo realizadas diariamente, a província viveu picos com até 200 mortos por dia, como foi registrado em 12 de outubro na imprensa da época. O bispo Antonio Álvaro Ballano (1876-1927) garantiu seu lugar na história terrena como "o maior negacionista" daquela epidemia.

 

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