Há mais onze casos, em França, de crianças nascidas com malformações congénitas nos membros superiores. Todos na região de Ain, a nordeste de Lyon. Sete destes novos casos revelados agora pela Agência Pública de Saúde são de crianças nascidas entre o ano 2000 e 2007, e quatro entre 2009 e 2014. Umas nasceram sem uma mão, outras sem o antebraço.
Esta atualização, somada aos 14 casos denunciados antes pelo Conselho Científico de Registo de Malformações da região administrativa de Rhone Alpes, a Remera, aumenta para 25 o número total de casos suspeitos, por estarem concentrados em zonas específicas.
Em Ain, estão já registados 18 casos suspeitos; na zona de Guidel, na Bretanha, há quatro; e em Mouzeil, no País do Loire, são três.
A agência governamental começou por questionar e lançar dúvidas sobre a qualidade do trabalho da Remera, o que levou inclusive a ser emitida uma ordem de suspensão do financiamento estatal do centro de registos e que colocou em risco o futuro da Remera.
A ministra da Saúde, Agnès Buzyn, apontou também para 31 de janeiro o anúncio dos primeiros resultados de uma investigação entretanto em curso sobre este caso dos bebés nascidos em zonas específicas de França, entre 2000 e 2014, com malformações nos membros superiores.
O objetivo é averiguar a causa (ou causas) e perceber se estará de facto ligada a alguma substância no ambiente envolvente onde viviam as mães, até porque alguns deputados ecologistas aproveitaram as denúncias da Remera para apontar o dedo à utilização de pesticidas rurais, o que motivou reações das empresas que comercializam estes produtos.
"Terá sido por via alimentar? Pela água? Pelo ar? Não sabemos nada. O que temos é a suspeita de uma substância no ambiente em que as mães viviam, e forte o suficiente para impedir a formação dos braços nos embriões", referiu Emmanuel Amar.
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