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Número de mortes nas estradas aumenta e atinge 1,35 milhão
Novidades
Publicado em 07/12/2018

Novo relatório da Organização Mundial de Saúde foi lançado esta sexta-feira; lesões causadas pelo trânsito são a principal causa de morte de crianças e jovens entre os cinco e 29 anos.

 

As mortes nas estradas continuam aumentando no mundo, com um total anual de 1,35 milhão de mortes, segundo um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS.

 

A pesquisa afirma que as lesões causadas pelo trânsito são hoje a principal causa de morte de crianças e jovens entre os cinco e 29 anos.

Soluções

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que "essas mortes são um preço inaceitável a pagar pela mobilidade."

 

Para ele, “não há desculpa para a falta de ação” porque “este é um problema com soluções comprovadas.” Ghebreyesus diz que relatório “é um apelo aos governos e parceiros para que tomem medidas muito maiores para implementar essas medidas.”

 

Apesar do aumento no número de mortes, as taxas de mortalidade estabilizaram-se nos últimos anos. Isso sugere que os esforços de segurança em alguns países de renda média e alta mitigaram a situação.

 

 

O fundador e diretor executivo da Bloomberg Philanthropies, Michael Bloomberg, disse que "a segurança no trânsito é uma questão que não recebe a atenção que merece.” Para o embaixador global da OMS, esta “é realmente uma das grandes oportunidades para salvar vidas em todo o mundo."

O empresário explicou que já se conhecem as medidas que funcionam, destacando políticas fortes e fiscalização, desenho de estradas inteligentes e campanhas para aumentar a consciência pública.

 

Progressos

O relatório documenta a redução de mortes em 48 países de renda média e alta desde que o informe publicado em 2015. Por outro lado,  nem um único país de baixa renda reduziu o número total de mortes.

 

Desde a última edição do relatório, três regiões do mundo relataram um declínio nas taxas de mortalidade no trânsito: Américas, Europa e Pacífico Ocidental.

Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus., by ONU/Daniel Johnson

O relatório atribui os progressos nos paises de renda média e alta a uma melhor legislação em relação aos principais riscos, como o excesso de velocidade, consumo de alcool, uso de cintos de segurança, capacetes para motociclos e sistemas de retenção para crianças.

 

A pesquisa também destaca infra-estruturas mais seguras, como melhores pisos e pistas exclusivas para ciclistas e motociclistas, melhores padrões de veículos, como os que exigem controle eletrônico de estabilidade e travagem, e melhoria dos cuidados pós-colisão.

 

O risco de morte no trânsito continua sendo três vezes maior nos países de baixa renda do que nos países de alta renda. As taxas mais elevadas encontram-se em África, 26,6 pessoas por cada 100 mil, e as mais baixas na Europa, 9,3 por 100 mil.

 

Vítimas

Em todo o mundo, pedestres e ciclistas são responsáveis ​​por 26% de todas as mortes no trânsito. Esse número chega a 44% na África e 36% no Mediterrâneo Oriental.

 

Quanto a motociclistas e passageiros, são responsáveis ​​por 28% de todas as mortes. A  proporção é maior em algumas regiões, por exemplo no Sudeste Asiático, onde chega a 43%, e 36% no Pacífico Ocidental.

 

Relatório

Este relatório, divulgado a cada dois ou três anos,  é a principal ferramenta de medir os progressos na Década de Ação para Segurança Viária 2011-2020.

 

Em comparação com a pesquisa anterior, divulgada em 2015, mais 22 países melhoraram suas leis, cobrindo mais 1 bilhão de pessoas;

 

Neste momento, 46 países, representando 3 bilhões de pessoas, possuem leis que estabelecem limites de velocidade alinhados com as melhores práticas. O mesmo se passa com outras 45 nações, com 2,3 bilhões de pessoas, e leis sobre consumo de álcool.

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