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A época em que o Brasil barrou milhares de judeus que fugiam do nazismo
Novidades
Publicado em 21/01/2019

Em julho de 1938, o cônsul do Brasil em Budapeste (Hungria), Mário Moreira da Silva, enviou ao ministro das Relações Exteriores, Oswaldo Aranha, uma circular secreta em que informava ter recusado a concessão de vistos a 47 pessoas "declaradamente de origem semita" (judeus) que buscavam migrar para o Brasil.

 

Eles tentavam fugir enquanto o governo húngaro, aliado da Alemanha nazista, punha em marcha uma série de políticas antissemitas - que, seis anos depois, culminariam com o envio de meio milhão de judeus húngaros para campos de extermínio.

 

O cônsul em Budapeste já havia se posicionado contra a entrada de judeus no Brasil. Em ofício enviado ao ministro meses antes, ele os chamara de "assaz (muito) perniciosos" e "inassimiláveis, que só sabem trabalhar - sem o menor escrúpulo e só visando o lucro - como intermediários de negócios, nada produzindo de útil".

 

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