Horas antes de tomar posse como prefeito, Horácio da Graça Filho fez um tour pelas principais ruas de Arari. O objetivo era mostrar as condições em que ele recebeu a cidade para que a população pudesse, ao final do mandato, comparar e, obviamente, constatar as transformações que ele pretendia fazer, no período de janeiro 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992.
Inverno rigoroso
Nos meses que antecederam a posse, até o dia em que Horácio assumiu o cargo, um forte inverno afetou severamente as ruas da cidade. Embora a ocorrência de invernos muito chuvosos fosse comum, grandes temporais caíram nos dias que antecederam a posse e no dia 01/01/1989, data em que Horácio assumiu o comando do executivo municipal.
Ruas inundada
Em razão das condições topográficas e da qualidade do solo, a cidade ficou “debaixo d’água”. Assim, o aspecto urbano da cidade ficou deplorável fato que levou o então prefeito eleito a visitar algumas ruas, obviamente as mais afetadas.
“Horácio da Graça, está fazendo uma avaliação geral da cidade, da situação em que ele receberá a cidade. Pois é gente, acompanhem aqui o prefeito, sejam testemunhas da situação em que a nossa cidade se encontra, como o prefeito está recebendo a chamada cidade modelo do Maranhão”, anunciava o locutor no carro de som.
“Olhem, observem, vejam isso, testemunhem isso, que nós queremos fazer essa avaliação ao receber a administração do nosso município e também nós queremos fazer essa mesma avaliação quando entregarmos a administração. Nós vamos fazer uma administração participativa, transparente, onde o povo participe dessa administração”, enfatizou Horácio, algumas horas antes da posse.
Cidade modelo?
Durante o evento, o termo cidade modelo foi citado diversas vezes, em tom jocoso. A intenção era desfazer a imagem de bom gestor que o antecessor, Leão Santos Neto conquistou junto a diversas instituições no âmbito dos governos estadual e federal. Até mesmo organismos internacionais, como o Banco Mundial, foram testemunhas dos notáveis avanços alcançados por Leão.
Não que a sede do município tenha se tornado um exemplo acabado de primor urbanístico. Não! Mas em razão dos excelentes resultados obtidos nas ações que contribuíram significativamente para a redução da pobreza e das desigualdades no município. Foi isso que levou o Banco Mundial a reconhecer Arari como Município Modelo.
Isso porque, nunca na história do município, os produtores rurais haviam recebido tanta atenção. Leão estimulou a produção agrícola, disponibilizou técnicos e máquinas para auxiliar os produtores rurais; distribui sementes selecionadas; promoveu cursos, treinamentos e intercâmbios com universidades e instituições ligadas ao setor. Instituiu a Feira do Produtor, que mais tarde foi devidamente aprimorada.
A cultura e o esporte também receberam atenção especial. O trabalho realizado pela então primeira-dama, Celeste, e o estímulo à produção artesanal, entre outras ações, também contribuíram para os bons resultados da administração.
Urbanismo e infraestrutura
O pioneirismo de Leão Santos Neto também se estendeu aos setores do urbanismo e da infraestrutura da cidade. Pavimentação asfáltica chegou em Arari pela primeira vez durante a gestão do prefeito Leão. A telefonia fixa também foi implantada durante o governo de Leão.
Outra ação pioneira foi a implantação do Sistema Arariense de TV, primeiramente fazendo uso da estrutura da TV Educativa (prédio, da torre e do transmissor) que foi reativada e equipada para fazer transmissões locais que priorizavam os acontecimentos e a cultura arariense.
Essas são apenas algumas ações que guardo na lembrança. Mas, seguramente, a lista dos avanços obtidos durante os quatro mandatos exercidos pelo prefeito Leão Santos Neto é bem extensa. Isso justifica o status de Município Modelo, atribuído pelo Banco Mundial ao município de Arari, durante a primeira gestão de Leão Santos Neto (1º de fevereiro de 1983 a 1º de janeiro de 1989.
Foi assim que, há quase quatro décadas, São Pedro contribuiu um pouco para fomentar as querelas política de Arari.
Agora o papo é outro, é na base do rebolado com banho de cerveja Heineken, fundo musical bizarro, deboches e muita cretinice. Ao que parece, depois que São Pedro deixou de influir na política local, o Capeta passou a dar as cartas.
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