O GLOBO lançou nesta segunda-feira a seção Fato ou Fake. O objetivo é alertar os brasileiros sobre conteúdos duvidosos disseminados na internet ou pelo celular, esclarecendo o que é notícia (fato) e o que é falso (fake). Jornalistas farão um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp. Participam da apuração equipes de G1, O GLOBO, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo.
Cada um desses veículos poderá publicar as checagens feitas em conjunto. Ao juntar forças entre as redações, será possível verificar mais — e mais rápido. A atual editoria É isso mesmo?, do GLOBO, deixa de existir para dar lugar ao Fato ou Fake. Também haverá um bot (robô) no Facebook e no Twitter que responderá o que é falso ou verdadeiro, caso o assunto já tenha sido verificado. Além disso, por meio de um número de WhatsApp, usuários cadastrados poderão ver os links das checagens feitas.
Especialistas afirmam que a disseminação de conteúdos falsos é um dos principais desafios a serem enfrentados hoje porque prejudica a tomada de decisões e coloca em risco a democracia. O fenômeno da desinformação, inicialmente conhecido como das fake news, foi visto em eleições nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, na Alemanha e, mais recentemente, no México.
A equipe do Fato ou Fake também vai checar discursos de políticos, conferindo selos às declarações (veja quais são ao final deste texto). O objetivo é confrontar as versões dadas como oficiais e impedir a difusão de rumores.
O trabalho do grupo — que não se resumirá ao período eleitoral — é destinado a apurar fatos comprováveis. Não serão abordadas opiniões nem dados lastreados em observações de tendências ou previsão de acontecimentos futuros.
O lançamento do projeto foi precedido por uma campanha de divulgação em TV, rádio e jornal com o mote “Duvide”. Um dos vídeos de divulgação resume o espírito do projeto: “O bom jornalismo nasce da dúvida. Se aconteceu, é fato. Se é mentira, é fake. Só que hoje em dia é muito difícil separar o fato do fake. Saber se é inventado ou se aconteceu mesmo. É para isso que serve o jornalismo. Para conferir para você. Se você tem dúvida, a gente confere. Se você não sabe se é verdade, a gente checa a fonte. Um bom jornalista não publica nada sem duvidar antes. Se não confere não é jornalismo. E conferindo a gente descobre o que de fato é fato e o que de fato é fake. Porque a dúvida leva à verdade. E a gente só trabalha com ela. Jornalismo é isso. A gente duvida. A gente confere. A gente informa. FATO OU FAKE. É jornalismo para o fake não virar news”.
Os jornalistas vão monitorar as redes sociais por meio de um amplo leque de ferramentas e trocarão dados entre si. Leitores também poderão sugerir checagens.
Após a constatação de que uma mensagem tenha sido muito compartilhada nas redes sociais, os jornalistas vão investigar a fonte que deu origem a ela, se está fora de contexto ou é antiga e se as imagens apresentadas correspondem ao que é narrado.
Em seguida, serão ouvidas as pessoas citadas. A apuração segue com a manifestação de fontes oficiais, testemunhas e especialistas que possam ajudar a esclarecer o que está escrito ou dito na mensagem.
Para saber sobre os critérios e a metodologia acesse O GLOBO.
O Fato ou Fake pode ser acessado das seguintes formas:
No GLOBO: https://oglobo.globo.com/fato-ou-fake/
No Facebook: https://www.facebook.com/fatooufake
No Twitter: https://twitter.com/fatooufake
No Instagram:
https://www.instagram.com/fatooufake/?hl=pt-br
No WhatsApp: +55 (21) 97305-9827