O Índice considera também outras dimensões como a saúde, a educação, a nutrição, o acesso a saneamento e a água potável, para aferir o grau de pobreza.
Terceira Conferência Interministerial sobre Saúde e Ambiente começa esta terça-feira em Libreville, Gabão; encontro organizado pela OMS e ONU Meio Ambiente discute como transformar políticas em ações.
Ministros africanos da saúde, ambiente e finanças encontram-se entre terça e sexta-feira na Terceira Conferência Interministerial sobre Saúde e Ambiente em Libreville, no Gabão.
Além dos ministros, participam cerca de 300 delegados, incluindo representantes de organizações políticas e econômicas regionais, cidades, agências multilaterais e especialistas de 54 países.
Problemas
A conferência organizada pela Organização Mundial de Saúde, OMS, e a ONU Meio Ambiente, quer identificar ameaças ambientais emergentes para a saúde das pessoas e chegar a acordo sobre um plano de ação estratégico.
Em nota, as agências afirmam que na região africana, 23% das mortes estão ligadas ao meio ambiente. Este é o valor mais alto per capita para qualquer região do mundo.
As agências explicam que “o continente tem sido atormentado por problemas relacionados ao acesso à água potável, saneamento desadequado, infraestrutura deficiente, poluição e novas ameaças ambientais, incluindo mudança climática e urbanização rápida e não planeada.”
Urgência
A diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que "do ar que se respira para a água que se bebe, para os lugares onde se vive e trabalha, o meio ambiente está intimamente ligado à nossa saúde."
Segundo ela, “infelizmente para milhões de africanos, o meio ambiente pode deixá-los doentes e até matá-los.”A especialista avisa que “com a mudança climática isso provavelmente piorará” e que é preciso “mudar essa situação urgentemente.”
A diretora do Escritório de África da ONU Ambiente, Juliette Biao Koudenoukpo, afirmou que “combater as interligações entre o ambiente e a saúde humana pode fornecer uma plataforma e efeito multiplicador para sustentar o progresso em muitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2063.”
Koudenoukpo acredita que “trabalhando juntos, os setores de saúde e meio ambiente têm o potencial de elaborar políticas e estratégias que se reforcem mutuamente e transformá-las em ações concretas.”
Encontro
A conferência acontece uma década depois da histórica Declaração de Libreville, que comprometeu os governos a tomar as medidas necessárias para estimular as sinergias entre saúde, meio ambiente e outros setores relevantes.
A iniciativa antecipa a Conferência de Biodiversidade da ONU, que acontece no Egito este mês e irá discutir como integrar a biodiversidade no setor de saúde e outros.
A conferência tem uma primeira parte, com especialistas, que acontece nos primeiros dois dias. Os encontros de ministros estão agendados para quinta e sexta-feira.