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A dolorosa vida e a enigmática morte do verdadeiro Dumbo, o elefante triste
Novidades
Publicado em 02/04/2019

Alcoólatra, loucamente apaixonado por seu empresário e morto em circunstâncias estranhas. Com esses dados, poderíamos estar falando de qualquer estrela do rock, mas não: é a vida de Jumbo, o elefante mais famoso da história, que inspirou o clássico infantil DA Disney e o remake que está em exibição no Brasil. A nova versão se chama Dumbo e tem a direção do personalíssimo Tim Burton, com um elenco estrelado por Colin Farrell, Danny DeVito e Michael Keaton.

 

Jumbo, o verdadeiro, foi capturado na Abissínia (atual Etiópia) em 1862. Há poucas dúvidas de que, para fazê-lo, primeiro mataram a sua mãe — que certamente tentou protegê-lo. Ele tinha dois anos e meio. Foi batizado de Jumbo, que significa “olá” no idioma africano swahili. Ninguém pensou que chegaria com vida a Paris, o primeiro lugar onde fez escala. Mas ele o fez, embora num estado lamentável. Logo o trocaram por um rinoceronte no zoológico de Londres.

 

Jumbo chegou a Londres em 1865. Naquela época, possuir um elefante africano (e tão grande) era toda uma façanha. Os zoológicos tinham muitos asiáticos, de menor tamanho e considerados dóceis. Já os elefantes africanos tinham fama de violentos e rebeldes. Mas o diretor do zoo de Londres, Abraham Barlett, o queria a todo custo, embora o animal estivesse mais perto da tumba que de outra coisa, como ele escreveu: “Nunca havia andado pelos caminhos de Deus uma criatura mais deplorável e doente.”

 

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