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Coronavírus: os robôs usados para eliminar vírus em hospitais
Novidades
Publicado em 29/03/2020

"Por favor, saia da sala, feche a porta e inicie uma desinfecção", diz um robô.

"Agora, ele também fala em chinês", diz Simon Ellison, vice-presidente da empresa UVD Robots, enquanto demonstra o funcionamento da máquina.

Através de uma janela de vidro, observamos como o robô navega por uma sala que imita um ambiente hospitalar e mata micro-organismos por meio de luz ultravioleta.

"O negócio já estava crescendo em um ritmo bastante alto, mas o novo coronavírus aumentou a demanda", diz Per Juul Nielsen, executivo-chefe da companhia.

Ele afirma que "caminhões" de robôs foram enviados para a China, em particular a Wuhan, primeiro epicentro da epidemia. As vendas em outros lugares da Ásia e da Europa também estão crescendo.

"A Itália tem gerado uma demanda muito forte", acrescenta Nielsen. "Eles realmente estão em uma situação desesperadora. É claro que queremos ajudá-los."

Como a tecnologia funciona

 

A produção foi acelerada, e a empresa leva agora menos de um dia para fabricar um robô em suas instalações em Odense, a terceira maior cidade da Dinamarca e lar de um crescente centro de robótica.

Brilhando como sabres de luz, oito lâmpadas emitem luz ultravioleta UV-C concentrada. Isso destrói bactérias, vírus e outros micróbios nocivos, danificando seu material genético, para que não consigam se multiplicar.

Também é prejudicial para os seres humanos, por isso esperamos do lado de fora. O trabalho é realizado em 10 a 20 minutos. Depois, fica um cheiro parecido com o de cabelos queimados.

"Existem muitos organismos problemáticos que dão origem a infecções", explica Hans Jørn Kolmos, professor de microbiologia clínica da Universidade do Sul da Dinamarca, que ajudou a desenvolver o robô.

"Se você aplicar uma dose adequada de luz ultravioleta em um período adequado de tempo, poderá ter certeza de que se livrará deles".

Ele acrescenta: "Esse tipo de desinfecção também pode ser aplicado a situações epidêmicas, como a que vivemos agora".

Ao custo de US$ 67 mil (R$ 340 mil) cada, o robô foi projetado para reduzir a probabilidade de infecções hospitalares, que podem ser difíceis de tratar e podem causar mortes.

 

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