A nova Gestão da Confederação Nacional de Municípios, que assumiu o triênio 2021-2024 na segunda-feira, 31 de maio, decidiu que não haverá a edição 2021 da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O atual presidente, Paulo Ziulkoski, avalia que o cenário no país ainda deverá impossibilitar a realização do evento com segurança neste ano. A decisão foi tomada em reunião do Conselho Político da entidade.
Anteriormente, a edição de 2021, prevista para maio, havia sido adiada para outubro. Também por causa do cenário de pandemia, o evento foi cancelado em 2020. A última edição da Marcha, que tradicionalmente é anual, ocorreu em 2019 e reuniu mais de 9 mil participantes. A expectativa é que o evento, considerado o maior encontro municipalista da América, volte a ser realizado no primeiro semestre de 2022.
Idealizada pelo presidente Paulo Ziulkoski, a primeira edição da Marcha aconteceu em 1998. Desde então, foram 22 edições. O espaço é sinônimo de forte mobilização e pressão política, e resulta em avanços e conquistas históricas com impacto para todos os Municípios do Brasil.
Histórico
Já na primeira edição, mais de mil prefeitos mostraram a força do municipalismo quando marcharam até o Palácio do Planalto para apresentar uma pauta de reivindicações. No entanto, foram recepcionados pela segurança do governo, policiais militares e cachorros. O movimento municipalista não parou e, nos anos seguintes, seguiu mobilizando e reunindo ainda mais representantes nas Marchas.
Atualmente, o evento voltado para os gestores municipais recebe ainda especialistas e representantes do governo federal, incluindo presidentes da República, membros do Congresso Nacional e ministros do Judiciário. Assim, a cada ano, a pauta de demandas municipalistas tem um momento único para ser tratada com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário da esfera federal.