Ao completar o primeiro ano à frente da Prefeitura de Arari, a prefeita Maria Alves Muniz encerra 2025 com um balanço marcado avanços pontuais, especialmente na infraestrutura, e desafios persistentes em áreas sensíveis da administração pública, como a transparência.
No campo político, pesquisas de opinião divulgadas ao longo do ano apontaram índices de aprovação que atingem surpreendentes e inacreditáveis 80%.
A incredulidade, em relação aos fenomenais índices de aprovação divulgados pela mídia oficial, decorre do conflito entre o que a prefeita propaga e o que se vê, no dia a dia.
No aspecto administrativo, por exemplo, a gestão municipal propagou com estardalhaço o pagamento em dia dos servidores municipais, a antecipação do 13º salário e a complementação do piso nacional da enfermagem. Porém, os frequentes e ruidosos protestos por parte de servidores municipais demonstra grande insatisfação com a gestão Maria Alves.
Também foram registrados problemas no transporte escolar. Após denúncias de falhas na prestação do serviço, a gestão foi alvo de investigações do Ministério Público.
Na educação, professores e outros profissionais realizaram protestos cobrando a efetiva aplicação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), evidenciando dificuldades no diálogo com a categoria e na gestão de recursos humanos.
Mais problemático ainda é o quesito transparência, tema recorrente nos discursos de campanha da prefeita. Entre as promessas e a prática há um fosse descomunal. Não é à toa que a prefeita corre o risco de ser investigada por uma CPI, além de estar respondendo a inúmeros questionamentos do Ministério Público.
O setor com melhor desempenho é a infraestrutura. Obras de pavimentação asfáltica e sinalização de vias urbanas contribuíram para melhorar a mobilidade urbana e atender antigas demandas da população.
No aspecto político e administrativo o primeiro ano da gestão Maria Alves ficou aquém da expectativa. Durante mais de uma década, Maria apresentava-se como a “mudança”.
Dessa forma, criou-se, no imaginário popular, a ideia de que Maria estivesse devidamente amadurecida para fazer uma gestão revolucionária, criativa, inovadora e eficiente.
Porém, o que se vê na prática é uma gestão contaminada pela vaidade, desgastada pelo deslumbramento, travada pela falta de planejamento e arruinada pelo estilo atabalhoado da gestora. Tal percepção se avoluma diante da episódios conturbados, no âmbito da vida privada da prefeita, como o grave e constrangedor caso envolvendo a Sra. Mazolina.
O desempenho em 2025 indica que a Maria Alves ainda tem capital político para torrar durante o segundo ano de governo. Entretanto, se não houver mudanças significativas em todos os setores e aspectos da gestão pública Maria chegará ao último ano de mandato politicamente inviabilizada para um eventual segundo mandato.
Lamentavelmente, um ano depois, a “mudança” não aconteceu: Maria Alves encerra 2025 entre promessas frustradas e gestão errática.