Por que depender a Reforma da Previdência? São vários os motivos que levam o movimento municipalista a estar na luta pela aprovação do texto. Entre esses, destaca-se a economia que os Entes locais terão, especialmente diante do cenário econômico atual. Com a reforma, as prefeituras vão deixar de pagar o equivalente a uma folha de pagamento por ano. A decisão de apoiar a Reforma foi definida em assembleia geral composta por mais de 3 mil gestores presentes à XX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
O déficit crescente do sistema previdenciário brasileiro traz incertezas em relação ao futuro desse importante sistema de distribuição de renda. Os gastos previdenciários do Brasil saltaram de 3,4%, em 1988, para 14% do PIB, em 2017. Isto significa um crescimento médio real de 4,6% ao ano durante o período. O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos também passou a apresentar déficits crescentes a partir da década de 90, comprometendo os preciosos recursos fiscais dos Entes.
Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), caso não se enfrente mudanças, haverá cada vez menos recursos para as principais políticas sociais e obras que a população tanto necessita. O presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, destaca que a Reforma da Previdência é uma questão de justiça. “Não estamos em uma luta de disputa partidária. Estamos, sim, em uma luta de gestão. Não há como nós, gestores, sermos contra”, afirma.