A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) percorreu pelo menos 20 mil quilômetros em pesquisa de campo para elaborar os Planos Nascentes Mearim e Itapecuru, no Maranhão.

As expedições, que têm o objetivo de coletar dados primário das principais nascentes e fontes de recargas hídricas dos rios, foram compostas por técnicos da sede, em Brasília, e da 8ª Superintendência Regional, sediada em São Luís.

Os materiais colhidos de nascentes e áreas de recargas hídricas, unidades de conservação, reservas indígenas, comunidades quilombolas e tradicionais, além de dados socioeconômicos, foram registrados por meio de georreferenciamento, fotografias, entrevistas, relatórios, entre outros documentos técnicos.

Nas expedições foram localizados, por exemplo, onde estavam as nascentes principais dos rios Mearim e Itapecuru, e dos afluentes mais importantes, como os rios Grajaú, Grajauzinho, Flores, Corda, Pindaré, Alpercatas, entre outros. O levantamento, feito pela Unidade de Suporte Geotecnológico da Codevasf, somou a existência de cerca de 2,5 mil nascentes na bacia do rio Mearim e 1,5 nascentes na bacia do rio Itapecuru.

Foi observado, também, o nível de conservação ou degradação das principais nascentes. Além de ter sido possível, com autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai), visitar reservas indígenas na bacia do Mearim, onde há extensas áreas com fontes hídricas importantes. Segundo os técnicos, os territórios estavam bem conservados e preservados.

O objetivo dos planos é contribuir com diferentes estratégias de recuperação hidroambiental. Além de subsidiar ações integradas e permanentes capazes de promover o uso sustentável de recursos naturais, a recuperação de áreas degradadas e o aumento da qualidade e quantidade de água têm a finalidade de garantir a segurança hídrica para a promoção do desenvolvimento regional.