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OMS confirma 27 novos casos de ebola em dois dias na República Democrática do Congo
Novidades
Publicado em 27/10/2018

Desafios da agência no país incluem investigação eficaz do surto em Beni; agência da ONU fala de transmissão intensa em comunidades da área oriental; ações de resposta prejudicadas pela insegurança com a ação de rebeldes e Forças Armadas.

 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou esta sexta-feira que 27 novos casos de ebola foram detectados desde a passada quarta-feira em  Beni na República Democrática do Congo, RD Congo.

Desde agosto, o décimo surto que ocorre no país provocou 247 infetados e 159 mortos na área do leste.

Desafios

A apresentação de dados sobre a doença entre o início da doença e sua notificação enfrenta frequentes atrasos. Os desafios incluem uma investigação eficaz dos casos.

 

A nota da OMS indica haver risco muito alto do surto chegar a outras províncias congolesas e países vizinhos devido à persistente transmissão em comunidades no Kivu do Norte.

 

Um dos desafios atuais é garantir uma preparação e atividades operacionais para detectar, investigar e responder rapidamente a uma eventual exportação do vírus. Ao longo da semana passada, a agência teve alertas da Mauritânia, do Sudão do Sul, do Sudão, do Uganda e da Tanzânia. 

Pacientes

Um dos pacientes da RD Congo foi detectado na área de  Mandima, o epicentro do surto,  e outros três na aldeia de Butembo. Oito pessoas tiveram ligação com pessoas doentes e 17 continuam sendo investigadas.

 

Um agente de saúde de um posto de saúde comunitário em Beni está entre as pessoas infectadas recentemente pelo surto, que já contaminou 21 profissionais do setor.

 

A agência destaca que na semana passada ocorreram incidentes de segurança com a ação de rebeldes e de Forças Armadas congolesas. Vários civis morreram e veículos foram apedrejados nesses incidentes, que para a agência criam distúrbios e impedem uma resposta eficaz para conter o vírus no país.

 

A OMS destaca que ocorre uma transmissão intensa em comunidades da cidade de Beni. Com essa situação, a agência, o Ministério da Saúde e seus parceiros dizem não ter planos de reduzir a resposta como parte dos esforços para conter a transmissão do vírus.

 

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