Durante debate na TV Câmara, acerca do acordo que permitirá o uso comercial do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA) pelos EUA, o deputado federal Hildo Rocha afirmou que a proposta vai gerar benefícios econômicos e tecnológicos para o Brasil e para o Maranhão. O tema foi discutido pelos deputados Hildo Rocha (MDB/MA) e Nelson Pellegrino (PT/BA), na TV Câmara, com mediação da apresentadora Mariana Przytyk.
De acordo com o parlamentar, o acordo irá proporcionar a geração de empregos, transferência de tecnologia e captação de recursos que poderão ser investidos no desenvolvimento do programa espacial brasileiro e também na melhoria da qualidade de vida dos moradores de Alcântara.
“Se queremos desenvolver a nossa tecnologia aeroespacial essa é a oportunidade. Acredito que o acordo será aprovado porque ele é bom para o Brasil, e para o Maranhão porque dará funcionalidade para um projeto que já consumiu bilhões de reais e ainda não foi aproveitado como deveria”, argumentou Hildo Rocha.
Soberania nacional será preservada
Questionado sobre a possibilidade do acordo interferir na soberania nacional o parlamentar maranhense afastou a hipótese. “A nossa soberania não será atacada. Se o acordo tiver algo que possa atacar a soberania nacional nós não vamos aprovar”, afirmou.
Intercâmbio tecnológico
Hildo Rocha ressaltou que uma das principais condições para que haja transferência de tecnologia aeroespacial foi proporcionada pela bancada federal maranhense que em 2017 colocou emenda de bancada impositiva para assegurar a instalação de uma Unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no Maranhão.
“Essa unidade, que já está instalada em parceria com a Universidade Federal do Maranhão, vai absorver conhecimentos e aplicá-lo no desenvolvimento da engenharia aeroespacial do nosso país, a partir do Maranhão, e também irá formar os profissionais maranhenses que irão trabalhar no projeto”, afiançou Hildo Rocha.
Vantagens econômicas
O deputado disse que a concretização do acordo será uma boa oportunidade para o Brasil arrecadar recursos. “O Brasil investiu muito e não arrecadou praticamente nada. O acordo com a Ucrânia, foi uma das tentativas que tinha tudo para dar certo infelizmente falhou porque eles não cumpriram com os termos do contrato. Agora, surge nova oportunidade para que finalmente o país possa repor parte do que foi investido e também tenha ganhos tecnológicos que são indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil”, defendeu o parlamentar.
Apoio às comunidades
Rocha disse que o pleno funcionamento do CLA não causará prejuízos aos moradores de Alcântara. “O governo sabe da necessidade de dar assistência aos moradores do entorno do CLA. Quando o projeto foi implantado, na década de 80, no momento de fazer o remanejamento o governo levou em consideração os desejos das comunidades quilombolas. Dessa forma, as agrovilas que foram implantadas como parte da compensação por eventuais impactos e contribuíram para melhorar a qualidade de vida das pessoas. O governo sabe que essas pessoas precisam de assistência e nós, deputados e senadores maranhenses, estamos atentos a essas questões, não permitiremos que as comunidades sejam prejudicadas”, afirmou o deputado.
Localização estratégica
O interesse dos EUA pelo Centro de Lançamentos de Alcântara deve-se principalmente pela localização estratégica. Por estar perto da linha do Equador, os lançamentos tornam-se mais econômicos porque há uma redução de até 30% no uso de combustível utilizado nas operações de lançamentos.
“O acordo de salvaguarda tecnológico que será firmado entre o Brasil e os Estados Unidos significa tecnologia a serviço do povo brasileiro”, assegurou Hildo Rocha.
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