Para muitos, dezembro pode ser o mês do Natal, do Ano-Novo ou do décimo terceiro. Para os fãs da música popular brasileira, dezembro ainda é, definitivamente, o mês de Roberto Carlos.
É assim desde 1965, quando ele lançou o antológico álbum Jovem Guarda, instituindo a tradição de lançar discos anuais sempre no último mês do ano, que só foi quebrada em meados da década de 1990, quarenta e poucos discos depois. Em 1974, Roberto criou uma instituição nacional para ser celebrada em dezembro: o seu especial de fim de ano, que existe até hoje.
Mas dezembro de 2019 tem um gostinho especial para Roberto Carlos: o Rei completa este ano seus 60 anos de carreira, ou melhor, os 60 anos de seu primeiro registro fonográfico, porque cantar pra valer ele já fazia desde muito cedo.
Esses primeiros registros são duas músicas gravadas em um 78 rotações pela Polydor em meados de 1959 e podem surpreender muita gente que acha que Roberto já nasceu entre os carrões velozes e as garotas papo-firme da Jovem Guarda. Isso porque seu primeiro disco é uma declaração de amor radical e apaixonada à Bossa Nova, e sobretudo a João Gilberto, a quem ele imitava descaradamente. Hoje, trata-se de um item raro, de colecionador.
Texto completo no site do Instituto Memória Musical Brasileira