Talvez um dos termos mais difíceis de se definir com precisão na música brasileira seja o “brega”. Atualmente emoldurado por uma aura quase cult, ele engloba artistas com produções tão variadas quanto Wando, Reginaldo Rossi, Waldick Soriano, Sidney Magal, Marcio Greyck e Lindomar Castilho. O que esses artistas têm em comum é sobretudo a vocação para falar de amor e sentimentos, o apelo popular e uma coleção robusta de hits.
Mas, afinal, o que é o brega? Difícil considerá-lo um gênero musical específico, pois dentro desse rótulo cabe samba-canção, balada romântica, música pop, discotèque, bolero, samba, guarânia, tango, rock´n´roll, soul music, ritmos latinos, música cigana, enfim…tudo! Por que, então, agrupá-los em uma mesma categoria?
O fato é que o termo “brega”, apesar de hoje ser encarado com uma carga positiva por muitos artistas e grande parte do público, é uma denominação originalmente carregada de preconceitos. Ela se referia a toda produção musical considerada menor, de baixo ou nenhum valor pelas elites culturais do país (críticos, pesquisadores e acadêmicos, por exemplo), que jogaram no mesmo saco artistas ligados ao gosto popular - mesmo que com produções diferentes entre si.
Contine a leitura no site do Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB)