Desde a Jovem Guarda, Roberto Carlos é um sucesso de público e fenômeno de vendas. A crítica musical, porém, demorou a lhe estender o tapete vermelho. A maior parte do tempo ele foi visto como um cantor alienado, brega, carola e acomodado. Chegou a ser rotulado como “debilóide”. Para contar a trajetória do mais bem-sucedido nome da música brasileira de todos os tempos, sob o ponto de vista da imprensa especializada, o pesquisador Tito Guedes garimpou centenas de resenhas publicadas desde os anos 60 até hoje. O resultado é "Querem acabar comigo", um retrato da obra do Rei a partir de uma perspectiva inédita.
Em mais de meio século de carreira, Roberto viveu uma relação difícil com a crítica, pouco generosa em suas análises e na contramão da crescente popularidade do ídolo.
Querem acabar comigo mostra, curiosamente, que os raros momentos de trégua se deram quando medalhões da MPB abraçaram o cantor: na Tropicália, com Caetano Veloso à frente; com o LP de Nara Leão com repertório todo do cantor no fim dos anos 70; ou quando Maria Bethânia gravou um aplaudido tributo ao Rei.
E a mesma crítica que no início da carreira de Roberto defenestrou o iê-iê-iê e seus primeiros sucessos românticos, décadas depois exaltaria canções desta fase, classificando-a como “obra-prima”.
"Querem acabar comigo" é fruto de uma pesquisa extensa de Tito Guedes, que trabalha no Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB) como redator e criador de conteúdo.
Saiba mais no site do IMMuB